O estigma associado ao Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), especialmente a ideia de ser percebido como violento e perigoso, pode ser extremamente prejudicial e doloroso. Muitas pessoas com TPB são, na realidade, indivíduos cuidadosos e empáticos, dispostos a fazer tudo pelas pessoas que amam. Desafiar essa percepção errônea é fundamental para uma compreensão mais justa e precisa do TPB.

Viver com TPB pode parecer uma luta diária contra si mesmo, mas existem várias estratégias que podem ajudar a lidar com as emoções difíceis e apoiar o bem-estar a longo prazo. Com o tempo, é possível aprender a lidar melhor com o transtorno. Muitos relatam que, apesar dos desafios enfrentados durante anos, sentem-se cada vez mais fortes e capazes de gerenciar seus sintomas.

Para lidar com emoções difíceis no dia a dia, uma abordagem útil é concentrar-se em uma emoção de cada vez. Por exemplo, quando se sentir irritado ou frustrado, pode ser útil rasgar um jornal, bater em um travesseiro ou jogar cubos de gelo na banheira. Se sentir-se deprimido ou solitário, assistir ao seu programa de TV favorito enrolado em um cobertor, massagear as mãos com um hidratante perfumado ou ouvir uma música inspiradora podem ser estratégias reconfortantes.

Em momentos de ansiedade ou pânico, ações simples como fazer uma bebida quente e apreciá-la lentamente, respirar profundamente ou fazer uma lista da realidade do momento presente podem ajudar a acalmar a mente. Nos momentos em que se sentir dissociado ou “fora da realidade”, morder um pedaço de gengibre ou pimenta, bater palmas ou beber um copo de água gelada pode ajudar a trazer a atenção de volta ao presente.

Importante também é o apoio a longo prazo ao bem-estar, que inclui falar com amigos e familiares, saber como obter ajuda em uma crise, buscar suporte online, encontrar apoio especializado e tentar manter um diário de humor. Práticas como dormir o suficiente, fazer exercícios regulares e manter uma alimentação saudável também são cruciais.

A recuperação do TPB é possível, especialmente com tratamentos apropriados, que podem incluir terapias de conversação e medicamentos. Aprender mais sobre si mesmo e desenvolver maneiras de lidar pode ser mais produtivo do que tentar eliminar todos os sintomas do TPB.

Além disso, é importante para amigos e familiares aprenderem sobre o TPB, ajudarem a desafiar o estigma e oferecerem suporte adequado. Isso inclui ser paciente, não julgar, ser consistente, ajudar a lembrar dos traços positivos da pessoa, estabelecer limites claros e cuidar da própria saúde mental.

Em resumo, lidar com o TPB é um processo contínuo que envolve compreensão, paciência e estratégias adaptadas às necessidades individuais. Desafiar o estigma e buscar apoio adequado são passos essenciais nessa jornada.