Atitudes a serem tomadas após uma crise de TPB:
- Redirecionamento da Atenção: Dedique-se a atividades que absorvam completamente sua atenção e envolvam seu senso de criatividade e realização. Seja se expressando através da arte, encontrando refúgio na música, conectando-se com a natureza através da jardinagem ou articulando seus pensamentos por meio da escrita, você não apenas canaliza suas emoções de maneira construtiva, mas também constrói um espaço seguro longe de pensamentos perturbadores.
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Registro de Pensamentos:
Cultive o hábito de documentar regularmente seus pensamentos e emoções em um diário. Essa prática não é apenas terapêutica, pois proporciona uma válvula de escape para seus sentimentos, mas também é instrumental na identificação de gatilhos e padrões comportamentais. Além disso, serve como uma ferramenta valiosa para discussões futuras com seu terapeuta, facilitando um tratamento mais focado e eficaz.
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Técnicas de Grounding:
Em momentos de intensa angústia emocional, empregue técnicas de grounding para ancorar-se na realidade do presente. Isso pode ser realizado ao segurar um objeto familiar e detalhar mentalmente suas características ou praticar a mindfulness através dos cinco sentidos, listando itens que você pode perceber através de sua visão, audição, tato, olfato e paladar. Essas estratégias simples, porém eficazes, ajudam a desviar a mente da sobrecarga emocional e restaurar seu equilíbrio interno.
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Estabelecimento de uma Rotina:
Estruture seu dia a dia com uma rotina consistente que incorpore tempo dedicado a hobbies, autocuidado e relaxamento. Manter um cronograma previsível não apenas instila uma sensação de ordem e tranquilidade em meio ao caos potencial, mas também reforça sua autonomia e controle sobre sua vida diária, reduzindo assim a ansiedade.
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Conexão Social:
Busque conforto e compreensão ao compartilhar seus sentimentos com amigos confiáveis ou familiares. A simples ação de ser ouvido e compreendido pode ser profundamente catártica e reconfortante. Além disso, considere participar de grupos de apoio, onde você pode encontrar solidariedade e empatia em pessoas que enfrentam desafios semelhantes.
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Definição de Limites Claros:
Proteja sua saúde mental e bem-estar emocional estabelecendo limites firmes e saudáveis em todos os seus relacionamentos e em suas atividades cotidianas. Isso é crucial para gerenciar efetivamente o estresse, salvaguardar sua estabilidade emocional e prevenir crises, permitindo que você navegue em seus espaços pessoal e profissional com maior confiança e segurança.
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Atividade Física:
Incorpore exercícios físicos regulares em sua rotina, reconhecendo-os como aliados poderosos na melhoria do humor e na redução do estresse. Atividades simples, como uma caminhada ao ar livre ou uma sessão de alongamento, podem ter efeitos profundos em sua saúde mental, promovendo uma sensação de bem-estar e realização.
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Prática da Gratidão:
Invista momentos do seu dia na reflexão consciente sobre os aspectos da sua vida pelos quais você é grato. Manter um diário de gratidão pode ajudar a realinhar seu foco, destacando positividade e abundância em vez de escassez e negatividade, enriquecendo assim sua perspectiva de vida.
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Plano de Ação para Crises:
Elabore um plano de ação detalhado para gerenciar crises futuras. Isso deve incluir a identificação de sinais de alerta precoces, estratégias de enfrentamento predefinidas, informações de contato de pessoas de apoio e diretrizes claras sobre quando e como procurar ajuda profissional. Ter um plano assim em vigor é reconfortante e empoderador, pois você sabe que está preparado para enfrentar desafios futuros de maneira eficaz.
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Autocuidado:
Priorize um regime rigoroso de autocuidado que enfatize uma dieta equilibrada, um sono reparador e períodos dedicados ao relaxamento e à reflexão. Reconheça que cuidar de si mesmo não é um luxo, mas uma necessidade, especialmente quando se navega pelas complexidades do TPB.
É imperativo lembrar que, embora essas estratégias de autoajuda sejam complementos valiosos ao seu plano de tratamento, elas não são substitutas para a terapia profissional ou a intervenção médica. Uma abordagem holística e colaborativa, que envolve trabalho próximo com terapeutas ou outros profissionais de saúde mental, é crucial para gerenciar efetivamente o Transtorno de Personalidade Borderline.
Marcelo Paschoal Pizzut
Psicólogo Clínico
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