Ciclo de Relacionamentos
Entendendo o Ciclo de Relacionamentos no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB)
Ter um relacionamento com alguém diagnosticado com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) pode apresentar desafios, incluindo padrões cíclicos de comportamentos e emoções. Conhecer a fundo essa condição é fundamental para uma convivência mais harmoniosa.
Se você já teve um relacionamento com alguém com TPB, certamente reconhece a intensidade emocional que pode surgir. Altos e baixos são comuns, levando a momentos de grande paixão e conexão, mas também a episódios de raiva, ansiedade ou depressão.
É essencial compreender que o TPB é um diagnóstico médico, e não algo escolhido pela pessoa. Embora exista um padrão no transtorno, cada indivíduo o vive de maneira particular, tornando cada relacionamento único.
O Ciclo do TPB em Relacionamentos
Muitos indivíduos com TPB experimentam ciclos emocionais que afetam diretamente seus relacionamentos. Como Tabitha Cranie, médica aposentada, destaca, o ciclo de relacionamento no TPB é uma alternância constante entre momentos elevados e baixos. Pode começar com uma idealização intensa do parceiro, que gradualmente dá espaço a sentimentos de desvalorização.
Embora haja variações individuais, é comum identificar alguns padrões no relacionamento com alguém com TPB:
- Idealização: Seu parceiro pode te enxergar como o “par perfeito”, colocando-o em um pedestal.
- Insegurança: Surgem sentimentos de ansiedade e medo de ser abandonado.
- Testes: Em resposta a esses sentimentos, podem ocorrer tentativas de “testar” o compromisso do parceiro.
- Distanciamento: Caso não se sintam seguros, podem tentar se afastar emocionalmente como defesa.
- Confronto: Se o parceiro não compreende o TPB, o relacionamento pode enfrentar uma crise.
- Reflexão: Após o término ou confronto, sentimentos de baixa autoestima e depressão podem prevalecer.
Duração dos Ciclos de TPB
A duração de cada ciclo varia amplamente, podendo durar de horas a anos, dependendo da intensidade dos sintomas e do suporte emocional que a pessoa recebe.
O caminho para um relacionamento saudável com alguém com TPB passa pelo entendimento e empatia. Conhecendo o transtorno e suas manifestações, é possível oferecer apoio efetivo e construir uma relação de respeito mútuo.
Marcelo Paschoal Pizzut
Psicólogo Clínico
Deixe um comentário