Psicopatia e Serial Killers

 Florianópolis, Ed.2, n.01, Agosto/2021 – ISSN/2675-5203 

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL: Psicopatia e Serial Killers 
ANTISOCIAL PERSONALITY DISORDER: Psychopathy and Serial Killers 

Marcelo Paschoal Pizzut

 psicompp@gmail.com

PIZZUT, Marcelo Paschoal. Transtorno de personalidade antissocial: Psicopatia e serial killers.
Revista International Integralize Scientific, Ed.02, n.2, p. 103-109, Agosto/2021. ISSN/2675-5203

RESUMO:

O presente artigo tem como objetivo investigar e esclarecer dúvidas frequentes sobre os transtornos de personalidade, com foco especial no Transtorno de Personalidade Antissocial, popularmente conhecido como Psicopatia, e sua relação com o termo Serial Killer. Realizamos uma pesquisa bibliográfica para revisar o tema, ampliar as discussões na sociedade civil e desmistificar opiniões equivocadas.

Concluímos que o Transtorno de Personalidade Antissocial ainda requer mais pesquisas e aprofundamento em opções de tratamento, além de alternativas legais para lidar com indivíduos portadores desse transtorno que cometem infrações na lei, especialmente aquelas que colocam a vida de outras pessoas em risco ou afetam a segurança da sociedade como um todo.

Palavras-chave: Transtorno de personalidade, Psicopatia, Serial Killer.

 

ABSTRACT:

The present article aims to investigate and clarify frequently asked questions about personality disorders, with a special focus on Antisocial Personality Disorder, commonly known as Psychopathy, and its relationship with the term Serial Killer. We conducted a literature review to review the topic, expand discussions in civil society, and debunk misconceptions.

We conclude that Antisocial Personality Disorder still requires further research and deeper exploration of treatment options, as well as legal alternatives for dealing with individuals who have this disorder and engage in law-breaking behavior, particularly those that endanger the lives of others or compromise societal safety in general.

Keywords: Personality disorder, Psychopathy, Serial Killer.

INTRODUÇÃO

Acredita-se comumente que Serial Killers existem apenas em séries e filmes. Embora esse tema seja pouco pesquisado no Brasil, há muitos casos de crimes em série registrados. No entanto, são raros os casos conhecidos de assassinos psicopatas no país, seja devido à falta de investigação dos crimes ou à ausência de diagnósticos em criminosos que se encaixem nas características de um psicopata. Essas características serão abordadas posteriormente.

Outro equívoco comum é a crença de que o psicopata é louco ou “doente mental”. Embora a palavra “psicopata” signifique exatamente isso – psyche, do grego, que significa “mente”, e pathos, que significa “doença” – para os psiquiatras, não se trata de uma doença mental como as tradicionalmente conhecidas. O psicopata não é louco ou mentalmente desorientado, e tampouco sofre de alucinações, como os esquizofrênicos. Segundo a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, seus atos não são resultantes de uma mente doente, mas de um raciocínio frio e articulado que, combinado com a falta de empatia, os torna incapazes de considerar os sentimentos de outras pessoas (SILVA, 2008, p. 37).

O QUE É UM TRANSTORNO DE PERSONALIDADE?

De acordo com MORANA et al. (2006, p. 75), um transtorno de personalidade não é exatamente uma doença, mas sim uma anomalia no desenvolvimento da psique. Pode ser considerado uma perturbação da saúde mental, embora não seja uma doença em si. Esses transtornos afetam a afetividade, os impulsos, as atitudes, o comportamento e os relacionamentos interpessoais, todos esses elementos atuando no âmbito da personalidade, daí o nome.

Dessa forma, os transtornos de personalidade se manifestam através de desequilíbrios nos relacionamentos com outras pessoas e na organização deficiente da vida afetiva e emocional. Esses fatores também têm influência em investigações forenses, uma vez que os transtornos de personalidade desempenham um papel significativo na conduta do indivíduo. No entanto, é importante não cometer o erro de considerar que toda pessoa afetada por um transtorno de personalidade seja automaticamente um infrator da lei.

OS TIPOS DE TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

Segundo MAZER et al. (2017, p. 92), até o momento, existem dez transtornos de personalidade diagnosticados. São eles:

  1. Transtorno de personalidade narcisista: Caracteriza-se por uma necessidade excessiva de admiração dos outros, acompanhada de uma autoavaliação irreal, geralmente arrogante. Os narcisistas buscam constantemente a admiração e muitas vezes se aproveitam de outras pessoas para alcançar seus objetivos. Possuem dificuldade em desenvolver empatia.

  2. Transtorno de personalidade borderline: Caracteriza-se por instabilidade nos relacionamentos interpessoais, alterações de humor, impulsividade e sentimentos de vazio existencial. Indivíduos com esse transtorno têm dificuldade em lidar com o abandono, o que leva a relacionamentos intensos e instáveis, muitas vezes acompanhados de comportamentos suicidas e automutilação.

  3. Transtorno de personalidade antissocial: Conhecido como psicopatia, caracteriza-se pela ausência de empatia e dificuldade em compreender os sentimentos dos outros. Indivíduos com esse transtorno têm maior propensão a cometer crimes, pois tendem a desrespeitar regras e normas sociais.

  4. Transtorno de personalidade esquiva: Caracteriza-se por forte ansiedade social, sentimentos de inadequação e sensação de não ser aceito pelo ambiente. Pessoas com esse transtorno acreditam que são desaprovadas pelos outros, o que as leva a evitar interações sociais e se isolar.

  5. Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva: Caracteriza-se por uma excessiva preocupação com detalhes, perfeccionismo e inflexibilidade. Indivíduos com esse transtorno têm dificuldade em se desfazer de objetos inúteis, acumulando-os.

  6. Transtorno de personalidade paranóide: Pessoas com esse transtorno têm extrema desconfiança em relação aos outros, interpretando suas intenções como sempre maliciosas. Elas têm dificuldade em confiar nas pessoas ao seu redor e podem reagir impulsivamente com agressividade.

  7. Transtorno de personalidade esquizóide: Indivíduos com esse transtorno evitam relações sociais e têm dificuldade em desenvolver relacionamentos íntimos. Preferem ficar sozinhos e se engajar em atividades solitárias, sendo emocionalmente distantes.

  8. Transtorno de personalidade esquizotípica: Pessoas com esse transtorno apresentam comportamento excêntrico em relação à cultura em que vivem. Também têm dificuldade em relacionar-se e manter afeto por outras pessoas.

  9. Transtorno de personalidade histriônica: Caracteriza-se por uma busca excessiva por atenção. Indivíduos com esse transtorno esperam que todos os seus relacionamentos interpessoais girem em torno deles, usando a sensualidade, a aparência física e outros meios para chamar a atenção.

  10. Transtorno de personalidade dependente: Esse transtorno, às vezes, é confundido com o borderline, pois apresenta comportamentos semelhantes. No entanto, o transtorno de personalidade dependente se caracteriza pela extrema necessidade de cuidado e apoio por parte de outras pessoas. Esses indivíduos têm dificuldade em tomar decisões por si mesmos e dependem dos outros para orientação e suporte. Ao contrário do borderline, eles tendem a se submeter facilmente aos outros em busca de cuidado e amparo.

    Esses são os principais transtornos de personalidade conhecidos até o momento, cada um com características específicas que influenciam o comportamento e os relacionamentos das pessoas afetadas. É importante lembrar que o diagnóstico e o tratamento adequado são essenciais para ajudar aqueles que sofrem com esses transtornos a melhorar sua qualidade de vida e alcançar um maior bem-estar emocional.


ASPECTOS BIOLÓGICOS

Nos transtornos de personalidade, os genes não são diretamente responsáveis pelo transtorno, mas estão ligados à predisposição em desenvolvê-los quando combinados com o ambiente em que o indivíduo cresceu e as pessoas com as quais conviveu durante a infância, influenciando-o de forma direta ou indireta.

Os relacionamentos na infância, conhecidos como “relacionamentos primitivos”, desempenham um papel fundamental na avaliação daqueles que sofrem de transtornos de personalidade, especialmente o transtorno antissocial. Estudos científicos na área da neurologia indicam que negligência e abuso sofridos na infância podem resultar em anomalias cerebrais que levam à agressividade, hiperatividade, delinquência, abuso de substâncias e outros comportamentos problemáticos (MORANA et al., 2006, p. 75).

Nesse contexto, Eysenck e Gudjohnsson (1989, apud ibidem) argumentam que existe uma condição biológica subjacente às predisposições comportamentais de indivíduos com psicopatia. Eles tendem a ser extrovertidos, impulsivos e em busca de emoções, apresentando um sistema nervoso relativamente insensível a baixos níveis de estimulação (não se contentam com pouco e são hiperativos na infância). Como resultado, eles se envolvem em atividades de alto risco, como o crime, como uma forma de aumentar sua excitação emocional.

O SERIAL KILLER

O termo “Serial Killer” se refere a um infrator que comete dois ou mais assassinatos em um intervalo de tempo entre os crimes. Esse intervalo pode variar de dias a meses e até anos. Suas vítimas compartilham um padrão de características semelhantes, como sexo, faixa etária, etnia, classe social, entre outros. As vítimas são escolhidas de forma aleatória e não há motivo específico para serem alvos desses assassinatos, ou seja, os crimes não são motivados por paixão, vingança ou algo semelhante.

De acordo com CASOY (2014), o termo “Serial Killer” foi usado pela primeira vez na década de 1970 pelo renomado agente do FBI, Robert Ressler, que fazia parte da Unidade de Ciência Comportamental (Behavior Sciences Unit). Segundo relatos de SCHECHTER (2013), o agente Ressler começou a usar o termo após ouvir seus colegas falando sobre crimes em série durante uma conferência.

A relação entre a psicopatia e a figura do serial killer foi descoberta por meio de pesquisas e entrevistas com esse tipo de criminoso. Conforme PEREIRA et al. (2016, p. 7), cerca de 90% dos chamados assassinos em série apresentam sintomas de psicopatia. Em relação à população mundial, aproximadamente 1% possui o transtorno de personalidade antissocial diagnosticado. No entanto, apenas uma minoria desse grupo está associada à figura do serial killer. Em outras palavras, todo ou quase todo serial killer é um psicopata, mas apenas uma minoria dos psicopatas são serial killers.


Segundo HARE (1993, apud MORANA, 2006, p. 76), os psicopatas se distinguem de outros tipos de criminosos. Em sua pesquisa, ele procurou parâmetros para diferenciar os serial killers e encontrou uma escala chamada PCL-R, que funciona como uma lista de verificação dos seguintes itens:

  1. Loquacidade/charme superficial
  2. Autoestima inflada
  3. Necessidade de estimulação/tendência ao tédio
  4. Mentira patológica
  5. Controle/manipulação
  6. Falta de remorso ou culpa
  7. Afeto superficial
  8. Insensibilidade/falta de empatia
  9. Estilo de vida parasitário
  10. Controle comportamental frágil
  11. Comportamento sexual promíscuo
  12. Problemas comportamentais precoces
  13. Falta de metas realistas a longo prazo
  14. Impulsividade
  15. Irresponsabilidade
  16. Falha em assumir responsabilidade
  17. Muitos relacionamentos conjugais de curta duração
  18. Delinquência juvenil
  19. Revogação de liberdade condicional
  20. Versatilidade criminal

Na infância desses indivíduos, é comum encontrar fatores como masturbação compulsiva, isolamento social, mentiras crônicas, rebeldia, roubo, raiva e comportamento agressivo. Além dessas características, os serial killers, já na adolescência e vida adulta, apresentam um comportamento sexualmente sádico na maioria dos casos. O domínio sobre a vítima, sua humilhação e tortura são essenciais para alguns desses assassinos. Portanto, perversões sexuais são comuns no diagnóstico.

Na sua grande maioria, os serial killers são homens brancos, casados e com uma vida social aparentemente estável. Eles possuem empregos estáveis e parecem confiáveis para as outras pessoas, devido à sua capacidade de atuar e representar um papel social. Isso torna a investigação desses criminosos ainda mais difícil, já que, além de meticulosos em seus crimes, geralmente não levantam suspeitas na comunidade em que vivem.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Quando se trata do diagnóstico de indivíduos com transtorno de personalidade antissocial, há uma grande problemática, pois geralmente essas pessoas não procuram ajuda médica de psicólogos ou psiquiatras, o que dificulta o diagnóstico e a identificação desses casos. Conforme colocado por MORANA (2006, p. 77):

“Existe alguma evidência sugerindo que pessoas que se enquadram plenamente nos critérios de psicopatia não respondem a nenhuma forma de terapia disponível atualmente. Seu egocentrismo geral e o desprezo pela psiquiatria em particular dificultam muito o tratamento.”

Durante a avaliação pericial, geralmente realizada quando o psicopata já está detido, é possível diagnosticar como um potencial psicopata aquele indivíduo que manipula a perícia, até mesmo manipulando as perguntas e respostas que lhe são feitas.

Em caso de prisão, ainda é comum que esses indivíduos manipulem funcionários penitenciários e médicos, fazendo-os acreditar que “aprenderam a lição” e estão prontos para serem reintegrados à sociedade, o que não é verdadeiro.

Portanto, o diagnóstico e o tratamento eficazes do transtorno de personalidade antissocial representam um desafio significativo, principalmente devido à resistência dos indivíduos afetados em buscar ajuda e ao caráter manipulador e egocêntrico associado a esse transtorno. É fundamental aprimorar abordagens terapêuticas e estratégias de intervenção para lidar com essa condição complexa e suas implicações na vida dessas pessoas e na segurança da sociedade.

IMPLICAÇÕES LEGAIS

O tema que gera intensos debates na comunidade jurídica é se os assassinos em série devem ser encarcerados em prisões convencionais ou enviados a hospitais psiquiátricos. Apesar das divergências na aplicação da lei, a medicina forense é unânime ao afirmar que indivíduos que sofrem de transtorno de personalidade antissocial não possuem uma doença mental, mas sim um desvio de conduta na personalidade.

No entanto, no campo jurídico, surgem dúvidas em relação à imputabilidade do acusado. Geralmente, a defesa do acusado recorre a exames para comprovar uma possível insanidade mental do suspeito. Se for constatada a inimputabilidade, ou seja, se ficar comprovado que o suspeito não possui capacidade de ser responsabilizado por seus atos, ele deverá cumprir uma medida de segurança por ser considerado perigoso, mas não será enviado a prisões comuns. Por outro lado, se for considerado imputável, cumprirá pena normalmente.

Essa ambiguidade na interpretação da lei e no diagnóstico desse tipo de criminoso gera grande desconforto e insegurança social, além de levantar um intenso debate sobre a nossa capacidade, em casos de inimputabilidade, de manter essas pessoas afastadas do convívio social, dada a sua periculosidade.

É essencial aprofundar a discussão nesse campo, buscando soluções legais adequadas que considerem tanto a proteção da sociedade quanto a necessidade de tratamento ou medidas de segurança para aqueles diagnosticados com transtorno de personalidade antissocial. Isso requer um esforço conjunto entre a área jurídica, a medicina forense e outros profissionais especializados para encontrar abordagens mais eficazes e justas diante dessa complexa questão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após revisar os dados apresentados por esta pesquisa, fica evidente a insuficiência dos órgãos competentes no que diz respeito ao tratamento e punição dos chamados serial killers. É necessária uma maior dedicação e investimento em pesquisas forenses e psiquiátricas nessa área, bem como revisões penais e jurídicas que impeçam a soltura de indivíduos considerados intratáveis e altamente perigosos. Levando em conta o consenso na área da psiquiatria de que o serial killer é irremediável, a separação permanente desse tipo de indivíduo da sociedade pode ser a única alternativa viável.

Por fim, é fundamental sensibilizar os órgãos governamentais competentes para que sejam construídas instituições adequadas para a reclusão desses indivíduos. Essas instituições devem ser capazes de garantir a segurança da sociedade, proporcionando um ambiente que limite a capacidade de prejudicar outros indivíduos e que possibilite tratamentos específicos voltados para a redução dos riscos associados aos transtornos de personalidade antissocial.

É preciso um esforço conjunto entre os campos da psiquiatria, do direito e da segurança pública para enfrentar esse desafio complexo, garantindo a proteção da sociedade e ao mesmo tempo abordando de forma adequada os aspectos psicológicos e jurídicos envolvidos no tratamento e punição dos serial killers. Somente com medidas efetivas e abordagens multidisciplinares poderemos buscar soluções mais justas e seguras para lidar com esses indivíduos altamente perigosos.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Código Penal. Vade Mecum. 9ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017.

CASOY, Ilana. Serial Killer, louco ou cruel? 2ª ed. São Paulo: WVC, 2002.
____________. Serial Killers: made in Brazil. Rio de Janeiro: DarkSide Books, 2014.

HARE, Robert D. Without Conscience: The Disturbing World of Psychopaths Among Us. New York: Pocket Books, 1993.

MAZER, Ana Karina; MACEDO, Bruna Bianchini Dariano; JURUENA, Mario Francisco. Transtornos da personalidade. Medicina (Ribeirão Preto), [S. l.], v. 50, n. supl.1, p. 85-97, 2017. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/127542.

MORANA, Hilda C. P.; STONE, Michael H.; ABDALLA-FILHO, Elias. Transtornos de Personalidade, Psicopatia e Serial Killers. Revista Brasileira de Psiquiatria. São Paulo-SP, 2006. P. 74-79.

NEVES, Bruna Érika Soares; MELO, Marcos Túlio Fernandes. A Responsabilidade Penal do Psicopata “Serial Killer” à Luz do Sistema Jurídico Brasileiro. 2017. 18p. Trabalho de Conclusão de Curso – Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG, Várzea Grande-MT, 2017.

PEREIRA, Littiany Sartori; RUSSI, Leonardo Mariozi. O Serial Killer e o Psicopata. Revista Científica Eletrônica de Ciências Aplicadas da FAIT, nº 2, novembro. Itapeva – SP, 2016. P. 1-9.

SCHECHTER, Harold. Serial Killers: Anatomia do Mal. Rio de Janeiro: DarkSide Books, 2013.

SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.

SILVA, Priscila Adriana. O Perfil do Serial Killer. 2019. 45 p. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, Criciúma – SC, 2019.

STONE, Michael H. Personality Disordered Patients: Treatable and Untreatable. Washington, DC: American Psychiatric Press, 2006.

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Marcelo Paschoal Pizzut
Psicólogo Clínico

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