Autoimagem Distorcida no TPB

 A autoimagem distorcida é um componente crucial do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), caracterizando-se por uma visão instável e frequentemente negativa de si mesmo. Os indivíduos com TPB podem ter dificuldade em manter uma sensação coerente e contínua de identidade, o que pode levar a uma grande variedade de comportamentos prejudiciais e padrões de relacionamento disfuncionais (American Psychiatric Association, 2013).

Este distúrbio na autoimagem pode levar a mudanças súbitas e drásticas na aparência, nas metas de vida, nos valores e até mesmo nas crenças religiosas ou políticas, conforme os indivíduos buscam uma sensação de identidade estável (Zanarini et al., 2000). Este padrão volátil também pode contribuir para o comportamento impulsivo característico do TPB, como autolesão e comportamento suicida (Yen et al., 2004).

Vários fatores têm sido implicados na formação de uma autoimagem distorcida no TPB, incluindo um histórico de abuso e negligência na infância, invalidação ambiental e disfunção neurobiológica (Linehan, 1993; Zanarini et al., 2002). O abuso e a negligência podem levar a uma visão de si mesmo como danificado ou indigno, enquanto a invalidação ambiental pode reforçar uma sensação de vazio ou inexistência.

A Terapia Comportamental Dialética (DBT) de Linehan e a Terapia Baseada em Mentalização (MBT) de Bateman e Fonagy têm demonstrado eficácia no tratamento da autoimagem distorcida no TPB. A DBT utiliza estratégias cognitivas e comportamentais, juntamente com a aceitação e a técnica de mindfulness, para ajudar os indivíduos a desenvolverem uma maior consciência e aceitação de si mesmos, enquanto a MBT se concentra em melhorar a capacidade de entender o próprio estado mental e o dos outros para melhorar a autoimagem (Linehan, 1993; Bateman & Fonagy, 2008).

A autoimagem distorcida no TPB é, portanto, uma área complexa e multifacetada que requer uma abordagem de tratamento integrada e personalizada. O reconhecimento e o tratamento eficaz da autoimagem distorcida são essenciais para melhorar o funcionamento global e o bem-estar dos indivíduos com TPB.

Referências:

  • American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.).
  • Zanarini, M. C., et al. (2000). Childhood experiences associated with the development of borderline personality disorder. Psychiatry Research.
  • Yen, S., et al. (2004). The predictive validity of the borderline personality disorder diagnosis in adolescent inpatients: seven-year follow-up. American Journal of Psychiatry.
  • Linehan, M. (1993). Cognitive-Behavioral Treatment of Borderline Personality Disorder. Guilford Press.
  • Zanarini, M. C., et al. (2002). The Subsyndromal Phenomenology of Borderline Personality Disorder: A 10-year Follow-up Study. American Journal of Psychiatry.
  • Bateman, A. & Fonagy, P. (2008). 8-year follow-up of patients treated

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Marcelo Paschoal Pizzut
Psicólogo Clínico

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