Sua conta Bancária










A Armadilha da Dependência Afetiva e o Poder da Autoestima


A Armadilha da Dependência Afetiva

Imagem sobre autoestima

Ela esperava que o marido chegasse em casa e lhe desse atenção, como se fosse dele a responsabilidade de preencher seu vazio. Quando ele, absorvido por problemas no trabalho, não correspondia às suas expectativas, ela mergulhava em tristeza. Sua autoestima, que deveria ser uma construção interna, estava totalmente atrelada à validação externa—e isso a fragilizava. O primeiro passo para a mudança era entender: ninguém pode ser a fonte exclusiva da nossa felicidade.

A Metáfora da Conta Bancária da Autoestima

Ao comparar a autoestima a uma conta bancária, fica claro: se não fizermos nossos próprios depósitos, ficaremos emocionalmente quebrados. Ela havia esquecido que era a principal responsável por nutrir seu próprio valor. Esperar que o marido—ou qualquer outra pessoa—deposite nessa conta é como confiar todo o dinheiro a um estranho e depois se surpreender por estar no negativo. A autoestima exige investimento pessoal, não terceirização.

O Erro de Delegar o Próprio Valor

Quando perguntei “Quem você está esperando que faça esse depósito?”, sua resposta—“Meu marido”—revelou o cerne do problema. Ela havia entregue a chave da sua felicidade a alguém que, naquele momento, nem conseguia cuidar de si mesmo. É perigoso depositar em outra pessoa o poder de nos definir. Autoestima não é um presente que os outros nos dão; é uma conquista diária que começa dentro de nós.

A Autonomia Emocional como Solução

A verdadeira mudança começa quando assumimos a responsabilidade por nossa própria validação. Presentear-se, dedicar tempo aos próprios interesses e reconhecer o próprio valor são formas de fazer depósitos na conta da autoestima. Quando ela disser “Eu mesma”, em vez de “Meu marido”, estará no caminho da liberdade emocional. Ninguém pode nos tirar o que nós mesmos construímos.

O Marido Não Era o Vilão

Ele estava atravessando um momento difícil—e isso não o tornava menos carinhoso ou dedicado. O problema não estava na falta de atenção dele, mas na expectativa dela de que ele suprisse algo que só ela poderia fornecer. Relacionamentos saudáveis são feitos de duas pessoas completas, não de uma buscando na outra a peça que falta. Quando ela parasse de exigir que ele a preenchesse, ambos respirariam aliviados.

Autoestima é Autopreservação

Investir em si mesma não é egoísmo; é sobrevivência emocional. Fazer terapia, cultivar hobbies, cuidar do corpo e da mente são formas de dizer: “Eu me importo comigo”. Se ela não se valorizar, como espera que os outros o façam? Autoestima é como um músculo: se não for exercitado, atrofia. E ninguém pode malhar por nós.

A Liberdade de Não Depender do Outro

Quando ela entender que sua felicidade e seu valor não estão nas mãos do marido—ou de qualquer pessoa—, descobrirá uma força que nenhuma circunstância externa poderá abalar. Amar não significa se anular. Esperar não significa depender. E viver em paz começa quando nos tornamos nossa própria fonte de luz. “Deposite em você” não é um conselho—é um convite à revolução interior.

© 2025 Marcelo Paschoal Pissuto. Todos os direitos reservados.


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